terça-feira, 8 de maio de 2012

Acarajé - Uma Breve História - Baiana Claudia

Claudia Baiana

        Na cidade de Niterói. Desde abril de 2001 o quitute da baiana Cláudia está presente no cotidiano dos niteroienses que admiram o seu trabalho.
        Atualmente ela apresenta o seu tabuleiro de baiana na Avenida Rio Branco 46 - Em frente ao prédio do IPHAN no Centro do Rio de Janeiro.

 














Acarajé - A história

Segundo Manuel Raimundo Querino (Santo Amaro da Purificação, 28 de julho de 1851 — Salvador, 14 de fevereiro de 1923) foi um inte- lectual afro-descendente, aluno fundador do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia e da Escola de Belas Artes, foi escritor e pioneiro nos registros antropológicos da cultura africana na Bahia, cita em A arte culinária na Bahia, de 1916, "no início, o feijão fradinho era ralado na pedra, de 50 cm de comprimento por 23 de largura, tendo cerca de 10 cm de altura. A face plana, em vez de lisa, era ligeiramente picada por canteiro, de modo a torná-la porosa ou crespa. Um rolo de forma cilíndrica, impelido para frente e para trás, sobre a pedra, na atitude de quem mói, triturava facilmente o milho, o feijão, o arroz".
Quitute da culinária afro-brasileira feito de massa de feijão-fradinho, frito em azeite-de-dendê e servido tradicionalmente com vatapá, pimenta, camarão defumado, carurú e saladinha (tomate verde, cebola e coentro)- a pimenta é opcional

Acarajé de orixá
Acarajé, comida ritual da orixá Iansã. Na África, é chamado de àkàrà que significa bola de fogo, enquanto "je" possui o significado de comer. No Brasil foram reunidas as duas palavras numa só, "acaraje", ou seja, “comer bola de fogo”.

O acarajé, o principal atrativo no tabuleiro, é um bolinho caracte- rístico do candomblé. Sua origem é explicada por um mito sobre a relação de Xangô com suas esposas, Oxum e Iansã. O bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixás.

Mesmo ao ser vendido num contexto profano, o acarajé ainda é considerado, pelas baianas, como uma comida sagrada. Normalmente usam-se duas colheres para fritar, uma colher para pegar a massa e uma colher de pau para moldar os bolinhos. O azeite deve estar bem quente antes de colocar o primeiro acarajé para fritar. Esse primeiro acarajé sempre é oferecido a Exu pela primazia que tem no candomblé. Os seguintes são fritos normalmente e ofertados aos orixás para os quais estão sendo feitos.

A culinária na Bahia
A mais conhecida é aquela feita em todo o litoral da Bahia — praticamente composta de pratos de origem africana, difere- nciados pelo tempero mais forte à base de azeite de dendê, leite de coco, gengibre, pimenta.

Na Bahia existem duas maneiras de se preparar os pratos "afros". Uma mais simples, sem muito tempero, que é feita nos terreiros de candomblé para serem oferecidos aos Orixás, e a outra, fora dos terreiros, onde as comidas são preparadas e vendidas pela baiana do acarajé e nos restaurantes, e nas residências, que são mais carregadas no tempero e mais saborosas.

Os recheios no acarajé

Vatapá
É um prato típico preparado com pão molhado no leite de coco. Há receitas que utilizam trigo.

Ainda leva no ingrediente gengibre, pimenta-malagueta, amendoim, acastanha de cajú, azeite-de-dendê, cebola, tomate. Pode ser preparado com camarões frescos inteiros, ou defumados e moídos, com peixe, com bacalhau ou com carne de frango, acompanhados de arroz.A consistência é de creme firme.

Carurú

Prato típico trazido para o Brasil pelos escravos africanos. comer acompanhado de acarajé ou abará. É preparado com quiabo, uma verdura que se pensa ser deorigem africana, cebola, camarão frescos e seco, azeite de dendê, castanha de cajú torrada e moída, amendoim torrado sem casca e moído.

Abará

É um dos pratos da culinária baiana tal como o acarajé. Tem a mesma massa que o acarajé: a única diferença é que o abará é cozido em banho-maria enquanto que o acarajé é frito.

Estado da Bahia - eloqüência

"A Bahia é um feliz consórcio do melhor de Portugal – a sobremesa e a preferência pelos pescados, e da Costa da África - o óleo de dendê, com outros temperos e condimentos, e pimenta, muita pimenta benzendo tudo. (…) Pouca coisa do índio, que não tinha quase cozinha." Afrânio Peixoto, historiógrafo, em seu livro "Breviário da Bahia”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será avaliado.

Baiana Claudia

Baiana Claudia
Acarajé da Baiana Claudia

Acarajé da Biaiana

Acarajé da Biaiana
Acarajé da Biaiana

Local do Acarajé da Claudia

Local do Acarajé da Claudia
Local do Acarajé da Claudia

Baiana do Acarajé

Baiana do Acarajé
Baiana do Acarajé

Seguidores da Baiana Claudia